História e Geografia - BOVESPA

BOVESPA

    A Bolsa de Valores de São Paulo, é o principal mercado de negociações de empresas do Brasil. Além de ser a maior bolsa de valores da América Latina é a oitava maior do mundo. Está localizada no centro de São Paulo, e seu principal índice econômico é o ibovespa. 

     

    A Bolsa tem como objetivo facilitar a negociação de ações e demais títulos de investimento em mercadorias primárias. As atividades da Bovespa consitem em desenvolver e implantar e prover canais de ações, derivativos de ações, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros, moedas à vista e mercadorias primárias de natureza agrícola. E além das plataformas de negociação realiza o registro, liquidação e compensação de ativos e valores mobiliários, além de listagem de ações e outros ativos, divulgando ainda informações de suporte ao mercado. A companhia atua também como depósito central de ativos negociados em seus ambientes, além de licenciar índices e software.

    A História da Bolsa de Valores Paulista teve início em 1890, quando é fundada por Emílio Rangel Pestana, negociante de capitais, a "Bolsa Livre" um projeto do que seria a grande Bolsa de Valores de São Paulo. Porém o empreendimento dura cerca de um ano por conta de uma decorrência politica denominada de encilhamento. Quatro anos depois, em 1895, é aberta a Bolsa de Fundos Público de São Paulo, que dá continuidade à evolução do mercado de capitais brasileiro.

No ano de 1934, a bolsa se instala no Palácio do Café, localizado no Pátio do Colégio. No ano seguinte seu nome muda para Bolsa Oficial de Valores de São Paulo.

    

Cronologia

Década de 1960

• A Bovespa passa a assumir a característica institucional, deixando de ser subordinada ao Secretário da Fazenda do Estado, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial.

Década de 1970

• Em 1972, a Bovespa foi a primeira bolsa brasileira a implantar o pregão automatizado com a disseminação de informações on-line e em real time, através de uma ampla rede de terminais de computador;
• No final da década de 1970, a Bovespa foi também pioneira na introdução de operações com opções sobre ações no Brasil.

Década de 1980

• Foi implantado o Sistema Privado de Operações por Telefone (SPOT) e uma rede de serviços on-line para as corretoras;
• Desenvolvido um sistema de custódia fungível de títulos.

Década de 1990

• Foram iniciadas as negociações através do Sistema de negociação eletronica, que operava simultaneamente com o sistema tradicional de Pregão Viva Voz;
• Em 1997, foi implantado com sucesso o novo sistema de negociação eletrônica da Bovespa, o Mega Bolsa que ampliou o volume potencial de processamento de informações;

Década de 2000

• Ocorre a integração de todas as bolsas de valores brasileiras e a Bovespa passa a concentrar toda a negociação de ações do país;
• Em setembro de 2005, ocorre o fim do pregão viva-voz da Bovespa, e ela se torna uma bolsa totalmente eletrônica;
• Em 2006 a Bovespa começa a operar somente em pregão eletrônico doméstico;
• No dia 26 de Outubro de 2007 ocorreu o IPO ou seja uma abertura de capital denominada no IBOVESPA de: BOVH3, que é um consórcio das corretoras que operam na Bolsa de Valores de São Paulo;
• No dia 26 de Março de 2008 a Bovespa anuncia oficialmente o início do processo de fusão com a BM&F. A Nova Bolsa, nome provisório da nova instituição que surgiu com a fusão, será a terceira maior do mundo, e a segunda das Américas, em valor de mercado.

Fonte de pesquisa: http://br.advfn.com/bolsa-de-valores/bovespa/historia

História e Geografia - Mercado Municipal

Mercado Municipal

    O Mercado Municipal Paulistano, popularmente conhecido como mercadão, é um dos mais importantes pontos turísticos da cidade de São Paulo. Foi construído em 1933 para substituir o Mercado Central que vendiam seus produtos ao ar livre. Hoje, o mercado nos proporciona lazer e muitas opções nas barracas, como: frutas, verduras, carnes, peixes, sementes e cereais, além dos tradicionais sanduíches de mortadela e pastéis de bacalhau.

(Mercado Municipal de São Paulo)

    O Mercadão reúne comerciantes da cidade inteira. Com uma grande variedade de produtos, se tornou um característico espaço da gastronomia paulista. 

 
(Tradicional sanduíche de mortadela) 

    O responsável por sua construção foi o arquiteto Francisco de Paulo Ramos de Azevedo. Ele tinha o mais respeitados escritório de arquitetura da época. É responsável pela construção da Pinacoteca e do Teatro Municipal.

(Paulo Ramos de Azevedo) 

     A admirável arquitetura, definida por colunas, abóbodas e vitrais, ajudou a ser uma parada imperdível para todos os turistas que passam por São Paulo. 

(Mercado Municipal)

 
    Seus lindos vitrais, vieram direto da Alemanha, abordando temas da agricultura e agropecuária.

(Um dos vitrais do Mercado Municipal) 

    O Mercado Municipal é um local significativo para economia, história e cultura paulista.


(Mercado Municipal)

História e Geografia - Beco do Pinto

Beco do Pinto 

    O Beco do Pinto, também conhecido como Beco do Colégio, esta localizado entre a Casa n° 1 e o Solar da Marquesa de Santos. No período São Paulo colonial, o beco era utilizado como passagem de pessoas e animais, ligando o largo da Sé, parte alta da cidade, a várzea do rio Tamanduateí, parte baixa. 

(Beco do Pinto)    

    

    Seu nome está relacionado ao Brigadeiro José Joaquim Pinto de Moraes, que cobrava pedágios para as pessoas passarem por lá. Ele também era o antigo proprietário da casa comprada pela Marquesa de Santos, que ao comprar o imóvel, conseguiu da Câmara, o fechamento da passagem. Após a inauguração da Ladeira do Carmo 1912, atual Av. Rangel Pestana, o beco perdeu totalmente sua função e foi definitivamente desativado. 

(Beco do Pinto)

    Atualmente, juntamente com a Casa n°1 e o Solar da Marquesa, formam um importante conjunto arquitetônico, cultural e histórico.  

(Beco do Pinto entre a Casa n°1 e o Solar da Marquesa)

História e Geografia - Pateo do Collegio

Pateo do Collegio

    Em meio a tantos prédios e comércios, está localizado no centro o Pateo do Collegio, berço do que se tornou uma das maiores metrópoles do mundo. Local onde nasceu São Paulo, foi a partir de uma pequena cabana de pau a pique onde se reuniam 13 jesuítas, entre eles José de Alencar e o padre Manoel da Nobrega com a finalidade de catequizar os índios. 

(Cabana de pau a pique onde era catequizados os índios)

    Na época, se situava no alto de uma colina cercado pelos rios Tamanduateí  e Anhangabaú, era conhecido como Vila São Paulo de Piratininga. 

(Vila de São Paulo em torno do Patio do Colégio)

       A cerimonia da fundação de São Paulo ocorreu no dia 25 de janeiro de 1554. Esta data é também o dia da conversão do apostolo Paulo, o que deu origem ao nome da cidade. Em 1556, a casa foi ampliada e tornou-se o colégio dos jesuítas. Por ordem do Marquês de Pombal, houve a expulsão dos religiosos em 1759 e tornou-se o Palácio dos Governadores entre os anos de 1765 e 1908.

(Pateo do Collegio)

    Atualmente o local acomoda atividades culturais, além de ter um museu composto por sete salas que expõem objetos indígenas, coleção de arte sacra, uma pinacoteca, artigos e pertences do Padre Anchieta e muito mais. 

(Museu do Pateo do Collegio)

    Sendo um dos principais símbolos da história paulista, o local ainda conserva a paisagem do estilo português arcaico. 

(Pateo do Collegio)

História e Geografia - Lendas Urbanas: Cemitério da Consolação

Lendas Urbanas 

Cemitério da Consolação

   
     O Cemitério da Consolação, foi fundado em 1858. Proporciona um ambiente arborizado e tranquilo em meio de toda agitação de São Paulo. Originalmente, o cemitério sepultava pessoas de todas as classes sociais, dos mais favorecidos aos menos. Porém, após a virada do século, o perfil das pessoas enterradas lá mudou, assim como a geografia urbana paulistana.

(Cemitério da Consolação) 

    Na época, o cemitério passou a enterrar apenas pessoas que realizaram algum fato de relevância para sociedade. Por este motivo colige cerca de 300 escultura e trabalhos de artistas populares como, Victor Brecheret e o arquiteto Ramos de Azevedo.

(Escultura feita por Victor Brecheret)

    O cemitério contém túmulos de personagens ilustres da história paulistana como, Monteiro Lobato, Mario de Andrade, Ramos de Azevedo e Tarsila do Amaral, além do imenso sepulcro da família Matarazzo, considerado o maior da América Latina. 

(Túmulo Monteiro Lobato)

    
    Esses túmulos são importantes registros da história social e política de São Paulo, com pessoas importantes para o cenário paulistano.  

Presença sobrenatural 

    
Existe uma lenda muito conhecida no Cemitério da Consolação. Muitos contam que quando uma das filhas de Ermelino Matarazzo estava sendo sepultada no mausoléu da família, um dos coveiros desmaiou e começou a sangrar até sua morte. Alguns funcionários do cemitério afirmam ouvir de noite gritos e lamentações perto do grande sepulcro, outros dizem ter visto o coveiro sentado observando o grande e belo túmulo do comendador. 

(Túmulo da família Matarazzo)

História e Geografia - Lendas Urbanas: Edifício Martinelli

Lendas Urbanas

 Edifício Martinelli

    Esta é a história de um homem visionário e empreendedor. Seu nome era Giuseppe Martinelli, nasceu na Itália, no dia 23 de Julho de 1870. O imigrante italiano era pedreiro em sua terra natal. Em 1889, com 19 anos, veio para o Brasil e desembarcou no Porto do Rio de Janeiro. 


(Giuseppe Martinelli) 

    No ano de 1893, Martinelli se estabeleceu em São Paulo, onde começou trabalhando como açougueiro. Em 1924 deu início ao seu empreendimento mais celebre, o Edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu de São Paulo. 

(Edifício Martinelli)
    
    Originalmente o edifício gerou muitas polêmicas, sendo que era pra ser construído com doze andares conforme o projeto do húngaro Willian Fillinger, e acabou sendo finalizado com trinta pavimentos por conta própria de Giuseppe. Foi por muito tempo o prédio mais alto da América Latina. 

    O Edifício Martinelli é um grande legado que o empresário deixou para São Paulo. O prédio se destacava pela arquitetura moderna e pelo luxo. Todo cimento usado na contrução foi importado da Noruega e Suécia.


(Terraço do Martinelli)

    Em 1934, devido problemas financeiros do empresário, teve que vender o prédio para o governo da Itália e em 1943, com a declaração da guerra do Brasil, todos os bens italianos foram confiscados e o prédio Martinelli passou a ser propriedade da União. 


(Edifício Martinelli) 

    Atualmente, utilizado pela prefeitura, o prédio já foi palco de muitos homicídios, suicídios e vários outros crimes enquanto estava mal habitado. Na época em que foi o um bordel, o fosso do prédio era usado como desova de corpos. Que fez com que surgissem histórias macabras.


(Fosso do Martinelli)

    Uma das histórias mais conhecidas do edifício é sobre uma loira sem rosto que ronda os andares e os elevadores durante a noite. Acredita-se que ela foi brutalmente assassinada e logo após foi jogada no fosso que vai do 27º andar até o 2º subsolo. Alguns funcionários do prédio afirmam ter visto a loira perambulando pelos corredores. Além de escutar passos e ouvir o elevador abrir e fechar milhares de vezes sem ter ninguém.


(Corredor do Martinelli)                                                              (Jornal com publicação do caso) 

História e Geografia - Lendas Urbanas: Castelinho da rua Apa

Lendas Urbanas 

Castelinho da rua Apa

    Esta é uma história de desavenças familiares da qual não tem um final feliz. Um pequeno castelo que se localiza na rua Apa, já foi palco de um crime que até hoje não foi desvendado pela polícia. No dia 12 de maio de 1937, Álvaro Reis matou seu irmão, sua mãe e logo após se matou. 

(Família Reis)

    O grande mistério que intrigou os policiais e todas as pessoas responsáveis pelo caso, é que Álvaro foi encontrado com duas balas na cabeça, algo pouco comum em um suicídio.  Além disso, foi encontrada uma pistola alemã Mauser registrada em nome de Álvaro, que só reforçou a hipótese da policia, mas o calibre das balas encontradas nos corpos era de uma segunda arma, uma Magnum Parabellum, que nunca foi encontrada. 

(Castelinho da Rua Apa, antigamente)    

   A polícia suspeita que há uma quarta pessoa envolvida no caso, mas não foi comprovado. Todos que se atrevem a passar por esse endereço de noite relatam ter presenciado fenômenos assustadores, já que a alma penada de Reis assombra todos que um dia ousarem em pisar no que um dia foi sua casa.

    O famoso comediante Ankito, morou no castelinho em 1944 e relatou que era comum ouvir pessoas andando nas escadas, janela se abrirem e ao amanhecer encontrar as torneiras abertas. Seria tudo fruto de uma imaginação fertil, ou realmente existem espíritos nas dependências do castelo?

(Castelinho da Rua Apa, atualmente) 

História e Geografia - Lendas Urbanas: Edifício Joelma

Lendas Urbanas 

Edifício Joelma

   Era um dia comum, como qualquer outro. No dia 1 de fevereiro de 1974, no bairro Bela Vista, São Paulo. As pessoas estavam a caminho de suas escolas e trabalho, quando um prédio conhecido como Edifício Joelma, chama a atenção por sair uma fumaça preta do local. 

(Edifício Joelma- 1 de fevereiro 1974)

   Um simples curto-circuito no ar condicionado comprometeu a vida de muitas pessoas. No prédio existia muita madeira, tecidos das cortinas e papéis, que fez com que o fogo se propagasse cada vez mais. Não demorou para que os bombeiros chegassem e tentassem cessar o fogo. Cento e oitenta pessoas morreram e trezentas ficaram feridas. Especificamente treze dessas pessoas foram encontradas dentro do elevador, amontoadas e totalmente carbonizadas, ficaram conhecidas como as treze almas do Joelma. 

(Edifício Joelma em chamas- 1974)

    Frequentemente, policiais da região são chamados por denuncia de gritos muito altos, mas nada é encontrado. O proprietário mudou o nome do prédio para Edifício da Bandeira com o intuito de amenizar as más impressões do prédio, mas sem sucesso. Essa terrível catástrofe nunca sairá da memória dos contadores de lendas.  

(Edifício da Bandeira, atualmente) 

Matemática

Cotação das Ações da Petrobrás

    A Petrobrás, empresa brasileira de energia, possui dois tipos de ações na bolsa de valores que estão entre as mais conhecidas dos investidores e são identificadas pelos códigos PETR3.SA e PETR4.SA.

    Variação Percentual das Ações 

Dia 1:

• PETR3.SA - R$ 11,66
• PETR4.SA - R$ 9,57

Dia 2:

• PETR3.SA - R$ 11,34
• PETR4.SA - R$ 9,27

Dia 3:

• PETR3.SA - R$ 12,44
• PETR4.SA - R$ 9,86

Dia 4:

• PETR3.SA - R$ 12,48
• PETR4.SA - R$ 9,84

Dia 5:

• PETR3.SA - R$ 12,42
• PETR4.SA - R$ 9,85

Resumo da análise

Durante o período de avaliação das ações, não foi levado em conta o horário, apenas o valor ao final do dia. De acordo com o gráfico a seguir, é possível observar a variação de cada ação no final de 5 dias.

As ações tiveram uma variação total, desde o primeiro dia até o final do quinto, um total de 6,52% da ação PETR3.SA enquanto a PETR4.SA foi de 2,93%.

História e Geografia - Lendas Urbanas: Igreja dos Enforcados e Capela dos Aflitos

Lendas Urbanas

Igreja dos Enforcados 

     A Praça da Liberdade, atualmente onde é realizado feirinhas de artesanato, nem sempre teve esse nome. Na época do Brasil Império, era conhecida como Praça da Forca. Se alguém cometesse algum crime passível e indiciado a morte, era enforcado em praça pública.


(Praça da forca - Por: Márcio Koprowski 19/06/2014)

    Houve um militar chamado Francisco José das Chagas, conhecido como Chaguinha. A população da região o contemplam como santo devido as situações que aconteceram com ele. Na época do Brasil Império, os soldados não recebiam soldos a 5 anos. Eles se rebelaram e atacaram uma embarcação portuguesa no porto de Santos, sendo rapidamente reprimidos e condenados a forca. Essa ação ficou conhecida como Revolta Nativista.
     Na hora que Chaguinha ia ser enforcado, a população ficou indignada, já que a luta que ele promoveu era uma luta justa. No momento de ser enforcado, a corda arrebentou. Na segunda vez a corda também arrebentou. O público considerou o episódio como um milagre e pediu a liberdade do soldado que finalmente, na terceira tentativa, foi morto a pauladas. Alguns historiadores afirmam que a corda arrebentou três vezes e apenas na quarta tentativa ele foi morto na forca.


(Tela pintada pelo professor José Marques em 1821)

    A igreja católica reconheceu que foi um milagre e fixaram uma cruz na Praça da Forca. A cruz representa a morte de Francisco e 65 anos depois, edificaram a igreja chamada de Santa Cruz das Almas dos Enforcados. 


(Altar da Igreja dos Enforcados  - 2016)

Capela dos Aflitos

     A Capela dos Aflitos foi construída no final do Séc XVIII e tem esse nome em homenagem a Nossa Senhora dos Aflitos. Quando Chaguinha foi considerado um santo pelos populares, as pessoas começaram a pedir graças ao suposto santo. Para confirmar os pedidos, os fiéis batiam no batente da porta e atrapalhavam o padre que celebrava as missas. Para resolver, um padre pediu para revestir com cimento mas logo depois foi retirado. 

     Francisco José está enterrado onde atualmente se encontra a Capela. Algumas pessoas ainda visitam o local para fazer pedidos ao soldado e pagar promessas. 

     A Capela dos Aflitos e a Igreja dos Enforcados estão diretamente ligadas pela sua história.
    No terreno onde a capela foi construída, foram enterrados muitos criminosos, escravos, doentes e indígenas. Muitas pessoas que trabalham na região afirmam terem visto vultos em um depósito lá perto e escutaram barulhos estranhos também.  

 

(Capela dos Aflitos - 1939)

(Capela dos Aflitos - 2016)

História e Geografia - Lendas Urbanas: Dona Yayá

                        Lendas Urbanas 

    Algumas histórias, sendo verdade ou não, acabam sendo passadas de pai para filho. As lendas urbanas, por exemplo, ficam cada vez mais populares quando passamos na frente ou conhecemos o local que foi cenário de uma grande tragedia e faz parte do conto. 
    Nesta série, vamos apresentar algumas das lendas que assombram a capital paulista.

Casa da Dona Yayá

    Contaremos a história de Yayá, uma mulher que teve uma vida sofrida repleta de catástrofes familiares.

    Sebastiana de Mello Freire, conhecida como Dona Yayá, foi diagnosticada com sérios problemas mentais. O médico aconselhou sua família de se mudarem para um local mais tranquilo, longe da agitação da cidade grande. Sebastiana se mudou para Bixiga.


(família de Yayá)

    Existe um mistério ao seu redor. Sua irmã de três anos morreu asfixiada e logo depois, sua outra irmã de 13 anos também morreu de tétano. Quando estava na adolescência, sua mãe veio a falecer e dois dias depois seu pai também morreu, restando apenas ela e seu irmão mais velho.


(Dona Yayá e sua irmã)

    Os órfãos de 14 e 18 anos ficam sob os cuidados da madrinha Eliza Grant e como tutor é normado Manoel Joaquim de Albuquerque Lins. 
     Ao chegar em São Paulo, foi estudar no Colégio Nossa Senhora de Sion e seu irmão na Universidade de São Francisco. Em 1905 fazendo uma viagem à Argentina de navio, o irmão Manoel se joga no mar, pois tinha esquizofrenia. O mesmo que foi diagnosticado em Dona Yayá anos depois. 
    Ela se mudou da região central e foi para seu palacete, que se localizava na 7 de Abril, onde realizava festas e saraus, que ela começou a ter os primeiros surtos esquizofrênicos. Começou a se medicar, mas naquela época esta doença não era muito conhecida, fazendo com que os cuidados fossem bastante restritos. Decidiram levá-la para o casarão localizada no bairro Bela Vista em São Paulo, onde ficou completamente isolada do mundo durante mais de 36 anos. Moravam ela, uma prima e um enfermeiro que cuidava de seus problemas de saúde. A casa foi toda adaptada para garantir que não tivesse nenhum contato com o exterior. Alguns anos depois de se mudar, construíram um solar, que era o único local que ela podia ficar na parte externa da casa. 


(Solar da casa de Yayá)

     Morreu em 1961 no Hospital São Camilo. Na época, sua família tinha muito dinheiro, já que ela era herdeira de um dos maiores barões do café paulista e toda essa fortuna foi doada para pesquisas da USP, que usou este dinheiro para benefícios de pessoas que não tinham condições de estudar. A casa é patrimônio da USP e está aberto para visitas.
    O ar assustador do local atrai pessoas de todos os lugares do país. Há boatos que ainda é possível ouvir gritos ensurdecedores de desespero da menina e que, frequentemente, aparece em uma das poucas janelas e no seu solar, se você for procurá-la de noite. 

                                

Literatura

   Escritores brasileiros encontrados no Cemitério da Consolação e suas biografias:

Mário de Andrade

    Nasceu em São Paulo em 1893. Professor, crítico, poeta, contista, romancista e músico, formou-se pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922. 

    Suas principais obras foram: 

Poesia 

Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917), Paulicéia Desvairada (1922), Losango Cáqui (1926), Clã do Jabuti (1927), Remate de Males (1930), Poesias (1941), Lira Paulistana (1946), O Carro da Miséria (1946), Poesias Completas (1955).

Romance

Amar, Verbo Intransitivo (1927), Macunaíma (1928).

Contos

Primeiro Andar (1926), Belasarte (1934), Contos Novos (1947).

Crônicas

Os filhos da Candinha (1943).

Ensaios

A Escrava que não é Isaura (1925), O Aleijadinho de Álvares de Azevedo (1935), O Movimento Modernista (1942), O Baile das Quatro Artes (1943), O Empalhador de Passarinhos (1944), O Banquete (1978).

   

Monteiro Lobato

    Nasceu em 1882 em Taubaté. Foi membro da Academia Paulista de Letras, além de um dos grandes nomes da literatura infantil brasileira. Sendo autor de obras clássicas como "O Sítio do Pica-pau Amarelo". Morreu em 1948, vítima de derrame.

    Principais obras:

A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho. 

        

Oswald de Andrade

    Nasceu em São Paulo no ano de 1890. Em 1917 conheceu Mario de Andrade, com quem começou um movimento que visam a Semana da Arte Moderna, que ocorreu em 1922. Morreu em 1954.

    Suas principais obras são:

Romances

Os Condenados (1922), Memórias Sentimentais de João Miramar (1924), Estrela de Absinto (1927), Serafim Ponte Grande (1933), A Escada Vermelha (1934), Os Condenados (l941) - reunindo os livros de 1922,1927 e 1934, constituindo a Trilogia do Exílio, Marco Zero I - Revolução Melancólica (1943), Marco Zero II - Chão (1946).

Poesia

Pau-Brasil (1925), Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade (1927), Poesias Reunidas (1945).

Teatro

O Homem e o Cavalo (1943), Teatro (A Morta, O Rei da Vela), (1937).

Ensaio

Ponta de Lança (1945?), A Arcádia e a Inconfidência (1945), A Crise da Filosofia Messiânica (1950), A Marcha das Utopias (1966).

Memórias

Um Homem sem Profissão (1954).

             

Mario Zan

Mario Giovanni Zandomeneghi, nascido em 1920. Foi escritor e acordeonista italiano radicado no Brasil conhecido por compor o hino comemorativo de 400 e 450 anos da cidade de São Paulo, além de compor algumas músicas de festa junina. Faleceu em 2006 devido a uma parada cardíaca. 

Anália Franco

Analia Franco Bastos nasceu em 1853. Foi professora, jornalista, poetiza e filantropa brasileira. Fundou mais de setenta escolas e mais de uma vintena de asilos para crianças órfãs.  Na cidade de São Paulo, fundou uma importante instituição de auxílio a mulheres e a região, antes afastada do centro, é hoje o bairro Jardim Anália Franco. Morreu vitima da pela gripe espanhola em 1919.

Literatura

    A Literatura Gótica caracteriza-se pelos ambientes sombrios e pelo uso do sobrenatural.

    Ambientes visitados que correspondem a Literatura Gótica:

*Cemitério da Consolação

*Capela dos aflitos

*Igreja dos Enforcados